segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

And the Oscar goes to...

CHRISTINA AGUILERA!!!!!!!!


É, não. Não foi dessa vez. Não sei se vai ser alguma vez, mas enfim. Um horror Burlesque não ter sido indicado nem à trilha sonora e canção original. E um absurdo maior ainda a Anne Hathaway dizendo que não teve nenhum musical esse ano. Como não, Anne? Ora.

ENFIM. Quero falar sobre os ganhadores do Oscar, muito rápido, porque não tenho nenhuma inspiração pra isso. Mas minha mania de comentar o Oscar todo ano é maior que isso. Vamos começar pelo número de Oscaritos que a galera recebeu: A Origem ficou com 4 e O Discurso do Rei idem. Que coisa, não? Não me lembro disso acontecendo. O que aconteceu aí, na minha opinião, foi que a academia se recusou a dar o melhor filme pra "Cisne Negro", "Toy Story 3" e "A Rede Social", então eles deram pro filme mais "clássico" que tinha. Uma puta falta de sacanagem isso aí. Mas, ok. É a academia que não deu o Oscar pra Brokeback Mountain. Não, eu não me conformo, mesmo. E não deu o Oscar pra Bela e a Fera, que eu também não me conformo. Tudo cotado. Teve até cota pra australiano, vocês viram? Hugh Jackman e Nicole Kidman apresentando uma categoria juntos. Uma lindeza.

Melhor ator, o gago tinha que ganhar, mesmo. Porque fazer papel de gago deve ser uma coisa extremamente difícil além de absurdamente irritante para todos ao redor. Eu tenho trauma de gagos, mesmo. 2010 foi o ano dos gagos e eu quero esquecer dessa fase negra de minha vida. Colin Firth mereceu, gente. Ele é um puta ator.

É bom que Toy Story tenha ganhado de melhor animação, porque se não eu ia fazer um barraco na academia e eles iam ver o que é um insônio com problemas. Ah, falando em mim... A Origem era um dos meus preferidos, acho um puta enredo bem estruturado filosofica e logicamente falando. Mesmo que a academia NUNCA dê o Oscar pro Léo, ele tá bem no filme.

Natalie Portman, a que mais mereceu o Oscar da noite. Em TODOS os sentidos. Foi o melhor papel da vida dela, ela teve que ter uma cabeça fodida, um poder psicológico absurdo. Um papel perturbado daqueles deixa o ator tão perturbado quanto, vide o Coringa. Minha palavra por Natalie é RESPEITO.

Melhores momentos do Oscar: a orquestra tocando o tema de Star Wars, a Kate Blanchet e o fundo do Senhor dos Anéis, Natalie ganhando o Oscar, Anne Hatthaway cantando e arrasando sempre com aqueles vocais lindos, Mandy Moore, Alan Menken e José Bezerra cantando a música de Enrolados, e todos os momentos em que a Ane e o James apareceram, mas principalmente eles dentro dos indicados e aquela BUNDA MARAVILHOSA do James Franco. E, claro, porque eu sou uma bichinha eu achei o final a lá Criança Esperança lindo com aqueles pirralhos ranhosos cantando Somewhere Over The Rainbow com a estrada dos tijolos amarelos ao fundo e a Cidade Esmeralda aparecendo. Um arraso. E, ah, sim. Todas as vezes que o Justin TIMBERLAKE apareceu.

Arrasou Oscarito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MAS


Boa noite, pessoas. Hoje resolvi encarnar o dono do "De Dentro pra Fora" e postar uma coisa mais séria por aqui. Não que o que eu tenha postado até hoje não tenha seu lado sério, mas quero tratar de uma coisa que sofre muito preconceito nos dias de hoje, e que eu amo muito, música pop. Mais especificamente do novo trabalho do ex-menudo e porto riquenho, Ricky Martin.

Vamos admitir, o preconceito com música pop é grande e com música pop latina é bem maior. A questão é que, como eu já provei antes, a música pop faz, de certa forma, o papel que o rock fez nas décadas passadas: transgredir. São os artistas pop que rompem as barreiras, claro, de forma comercial, também. Mas você acha que os Beatles não estavam interessados no dinheiro, também? Pois é. É hipocrisia, nos dias de hoje, dizer que se faz arte só porque ama. Isso é o essencial, mas o dinheiro é um benefício. Enfim, voltando ao preconceito: Eu confesso ter tido preconceito com Ricky Martin a minha vida inteira, achava que ele seria o próximo Sidney Magal, de tão brega que ele era. Breguisse que, eu acredito, tenha se explicado depois que ele se assumiu.

Ah, sim. Esse é o ponto mais importante nesse post: Ricky Martin se assumindo. É esse o ponto inicial. Um homem na casa dos 30, um homem público, um sexy simbol saindo do armário depois de tanto tempo de carreira. Imaginem, a ação de se assumir como homossexual é um assunto muito complicado, ainda mais para uma pessoa que está a vida inteira no olhar do mundo. Ricky Martin passou anos tentando esconder a verdade, até que, há mais ou menos um ano, ele resolveu que tinha que ser sincero com os fãs. Só isso? Não. Ele decidiu que tinha que ser sincero consigo mesmo, decidiu deixar os preconceitos que ele mesmo carregava, junto com seus medos, e ser quem ele realmente é. Ele não é o primeiro a fazer isso na música pop, preciso citar Christina Aguilera em Stripped? Pois é.

O movimento de "sair do armário", não só para os homossexuais, é algo que requer muita coragem, muito amor próprio e muito jogo de cintura. E esse homem mostrou ter isso de sobra. Escreveu um livro (que eu ainda não li, mas pretendo) falando sobre esse movimento em sua vida, e, é claro, escreveu um novo álbum para lançar. E é desse álbum que quero falar aqui. Lançado no começo desse mês de Fevereiro o álbum MAS, é uma das grandes preciosidades da música pop contemporânea, na minha opinião. Eu vi apenas um álbum tão sincero quanto esse na vida, Stripped, e os comparo aqui. Não quero questionar a qualidade musical de nenhum dos dois álbums, mesmo porque não sou musico pra fazer isso. O que vale a comparação é a idéia que permeia o álbum. Para mim MAS é um verdadeiro grito, que vinha estado preso há tempos dentro de um coração humano.

Estamos num momento histórico-filosófico (por favor, MP, me corrija se eu estiver errado) em que o movimento humanista vem tomando muita força. Humanismo no sentido dos direitos humanos, da tolerância e da igualdade. Ideias Iluministas que voltam a ficar fortes nos tempos contemporâneos. A maior parte dos trabalhos pop que vem sido lançados, pelo menos no último ano, falam, sobretudo, de igualdade e tolerância. Músicas como Firework, Fucking Perfect e, até mesmo, a cópia deslavada que é Born This Way, vêm aos olhos e ouvidos dos espectadores como um manifesto reflexivo que tem como objetivo chocar as pessoas. É a mesma coisa que a Filosofia Iluminista se propunha a fazer no século XVIII.

Ricky Martin coloca suas emoções pra fora em forma de música num CD que se liga, conta uma história sobre Música, Alma e Sexo. Incluo a Filosofia no meio disso. O álbum é nada mais do que um manifesto pela tolerância, igualdade e liberdade nos dias de hoje. Um verdadeiro soco contra a homofobia, xenofobia e outros tipos de preconceitos que fazem questão de se prender à nossa sociedade. Em pleno século XXI, esse tipo de manifesto ainda se faz necessário, algo que não deveria acontecer. O melhor seria que CDs como esses jamais tivessem sido idealizados e lançados, ou que o tivessem sido há, pelo menos, um século. Sobre o título do álbum, representa aquilo que move o homem contemporâneo, música, alma e sexo. Platão, Aristóteles, Freud, Rousseau e tantos mais. Um grito pelo direito de ser feliz, ou de pelo menos buscar a felicidade num mundo Democrático, ou quase isso. A vontade de viver a vida que o álbum inteiro transparece é inspiradora à todos aqueles que acham que tudo está acabado, e que não há mais motivos para se lutar ou ficar vivo. Volto a comparar com Stripped. O único álbum que tinha me causado tal sensação um dia.

MAS é, portanto, uma questão filosófica, sociológica, psicológica e histórica que se faz necessária hoje: Mas, por que tem que ser assim? O conformismo é inevitável, sim. Isso é uma coisa que eu não achava, mas ele é. Mas, ele tem que ser controlado, conformar-se com a intolerância é algo fora de questão. Conformar-se com a desigualdade é, tanto quanto, fora de questão. Dou um dez ao CD e à Ricky Martin, que disparou no meu conceito, por ver um homem homossexual falando abertamente de seus sentimentos relacionados ao sexo, à alma, à música, à vida, e mesmo que ele não saiba, à filosofia, à psicologia, à sociologia e à história. Acredito que mesmo que o autor de um trabalho como esse não tenha uma formação dessas, isso não diminui o valor cultural e até academico de seu trabalho. Se formos esperar até que a Academia aceite a música pop como uma forma de Filosofia, espararemos sentados. Poucos artistas ainda conseguem causar esse efeito de reflexão nas pessoas, poucos trabalhos pop o conseguem. Mas, ainda temos quem os faça. E é assim que a humanidade continua, progredindo ou regredindo, não temos como falar isso agora, mas estamos em movimento graças à artistas como esse que colocam suas ideias para fora.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Madonna was born this way fifty years ago.

Quando dois mundos que sempre foram iguais e ao mesmo tempo completamente diferentes se unem, não tem pra ninguém, meu povo. Ando impressionado com as coisas que vêm acontecendo no mundo fútil (que eu amo) do pop. Lady Gaga prometeu ao mundo a música do século, o novo hino gay dessa geração e nos veio com um plágio descarado de ‘Express Yourself’ da Rainha, Madonna. Plágio esse que a deixou puta, diz seu irmão. O que vai ser o clipe? ‘Beautiful’? ‘Firework’? ‘Fucking Perfect’? Veremos.

O que mais surpreende nessas horas é aquela coisa de que quando se tem um inimigo em comum, os inimigos de outrora se tornam amigos. Fãs de Britney e Christina estão numa campanha monstruosa no Twitter, nos últimos dias. Para apoiar o novo clipe de Miss Britney, e a abertura do Grammy de hoje, domingo, que será feita por Christina e mais algumas grandes vozes da música internacional num tributo à incomparável Aretha Franklin.

Gostaria de explicar aqui porque acho isso uma coisa que não pode ser completamente descartada, e tem seu valor, de certa forma. Como já cansei de escrever por aqui (e vocês cansaram de ler), nunca achei Lady Gaga original, e muito menos uma artista. Gaga é limitada à tudo o que já foi feito por alguém antes dela. E só me fez o enorme favor de provar isso com o lançamento de “Born This Way”. Ela que disse que seria maior que Madonna, ela que acusou Christina Aguilera de a estar copiando, ela que pisou no calcanhar de Britney Spears, agora tem que se pôr em seu lugar: de uma novata. Acredito que a moça tenha a capacidade de criar sua própria música e seu próprio estilo, sem precisar ficar se vestindo de açougue por aí. Aos que insistem em dizer que o que ela está fazendo com “Born This Way” é revolucionar, eu digo: como se revoluciona com uma música exatamente igual a outra que foi lançada em 1989? Como se revoluciona tratando de um tema que já foi tratado por Madonna, Christina Aguilera, Katy Perry, Pink, e sabe-se lá quantos outros artistas mundo a fora? Como se revoluciona pegando tudo o que já foi feito, fingindo que trabalhou em cima e dando pro senso comum escutar e achar o supra-sumo da música pop?

Sempre fui um defensor da música pop internacional, e já provei para alguns que tinham o maior preconceito sobre isso, que esse tipo de música não se resume apenas nas músicas que são feitas pras boates gay, como as da Britney, mas que, na verdade, tem seu valor social e cultural no mundo. Madonna e Michael Jackson revolucionaram, foram transgressores em sua época. Cyndi Lauper tratou de política, abuso sexual, e é uma verdadeira ativista pelos direitos gay no mundo. Britney é a princesa do pop, e ninguém tira isso dela. Shakira é uma verdadeira poeta da música pop internacional, e um orgulho pra toda América Latina, diga-se de passagem. Black Eyed Peas vem revolucionando na tecnologia de shows e clipes. Kylie é uma verdadeira Rainha, uma verdadeira artista performática com grandes idéias e uma simpatia ímpar. Rihanna passou por poucas e boas e achou seu estilo, seu caminho na música e sua atitude. Beyoncé se mostrou uma grande compositora, atriz, dançarina e cantora. Katy Perry surpreendeu escrevendo uma letra de impacto como foi “Firework”. Pink foi sempre a mais transgressora de todas as artistas pop e a que mais tratou de política de uma forma séria e descarada. Cher é uma verdadeira lenda viva e fez tudo antes de Madonna e de todas as outras. Não haveria mais nenhuma dessas se não houvesse Cher. Christina, essa eu sou suspeito pra falar, mas falo mesmo assim. Simplesmente cantou com aquela voz estrondosa. É uma letrista de mão cheia, produtora incrível, dançarina, e se mostrou uma ótima atriz. O que Gaga fez? Colocou um monte de homossexuais que, me desculpem, mas não devem ter idéia do que estavam fazendo, num clipe fazendo uma bela apologia ao Nazismo e um belo plágio de “Vogue”, e conseguiu um monte de prêmios por ser uma imitadora de mão cheia?

E qual a moral disso tudo? Os fãs da Gaga abaixando a crista e pedindo paz aos fãs da Britney e da Christina. E o que acontece? O que devia ter acontecido há dez anos atrás: os fãs dessas duas se unem e mostram quem é que manda nessa porra. E, surpresa! Não é a Gaga. Me desculpem, mas eu sempre falei isso, sempre falei que a Gaga era uma imitadora de mão cheia e ela só me fez o enorme favor de provar que eu estava certo. Vamos ver qual vai ser a breguisse da vez no Grammy mais tarde. Eu chuto num monte de gays e travestis no palco dançando a coreografia de “Express Yourself”, porque eu me recuso a admitir que isso que ela diz ser dela seja outra música que não essa. Quer fazer tributo, Gaga? Aprende com a Christina, gata. Faz um “Back To Basics” e depois a gente conversa.

E ah, sim. A importância disso? Pense que você é um artista que trabalha duro pra ser original, pra fazer o que seus fãs esperam que você faça, e alguém vem e copia tudo que você trabalhou duro pra fazer. Como você se sentiria? Eu ficaria muito puto. E tá cheio de Gagas por aí, minha gente. Quem merece o crédito pelo trabalho, afinal? A Gaga ou a Madonna? Eu chuto na Madonna. Referências de um trabalho de outra pessoa é uma coisa, samples de uma música na sua é outra coisa, mas, fazer uma cópia descarada dessas? Desculpem, mas isso não pode ser chamado de arte e eu me recuso a aceitar uma pessoa que faz isso como uma artista pop. Michael Jackson deve estar se revirando no túmulo. Conselho meio-psicótico? Com prazer. Peguem Gaga e seus pequenos plagiadores, coloquem numa sala trancados com uma overdose de clipes e shows de todas essas artistas que eu citei nesse post. Acho que sou muito bonzinho fazendo isso, aliás. Eles vão ter um banho de cultura pop e originalidade. Adicionem Justin Timberlake, Robbie Williams, Ricky Martin, Backstreet Boys e Spice Girls na playlist e mostremos à eles o que é ser original no mundo pop. Putos.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011