domingo, 3 de julho de 2011

A solidão dos Números Primos

Olaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa meus amoooores! Morreram de saudes de mim né? Eu sei... Mas não chorem, eu voltei pela enésima vez e dessa vez para ficar! Ngm mais acredita em mim eu sei! Nem eu acredito! Mas enfim, vamos ao que interessa...

Primeiramente, estou trabalhado em um outro lugar. Faz mto tempo que saí da escola e mta coisa rolou. Logo teremos novamente boas histórias, afinal, trabalhar com gente sempre rende boas histórias.

Por hora, gostaria de postar a minha "crítica" ao livro que eu acabei de ler e ficou entalada na minha garganta, já que nenhum dos meus amigos, nem aqui, nem em Sampa, estariam num clima bom o bastante para ler coisas deprimentes e melancólicas. Apenas eu mantenho esse hábito masoquista contínuo, o qual pode ser observado na lista de livros anteriores que eu li (A metamorfose do Kafka e Minha ideia de diversão do querido perturbado Will Self). Maas estou mudando de assunto, certo?

A solidao dos Números Primos - Paolo Giordano

O livro conta a historia de Alice e Matia, suas vidas conturbadas e cheias de traumas desde a infância e sua relação complexa, próxima e distante ao msm tempo, que estabelecem, de modo a nunca conseguirem de fato se encontrarem. Matia cria a teoria de que a relação entre eles é como a dos números primos gêmeos - números primos que são muito próximos um do outro, mas que sempre estarão separados por um número par (11 e 13, 41 e 43...), sendo sempre solitários.

É um livro bem interessante, tem uma história muito boa e é bem envolvente. Indicado para quem gosta de romancesou de livros que explorem bastante o mundo interno dos personagens. Totalmente contraindicado para quem gosta apenas de romances água com açúcar felizes e coloridos ou pessoas que tenham dificuldades em acompanhar desgraças constantes, tristezas profundas, psicopatologias complicadas e personagens que curtam uma auto-punição a todo e qualquer momento. Com certeza é um livro que mexe com pessoas sensíveis! (Não que eu me inclua nessa parcela, longe de mim...)

Eu gostei e não gostei. Mexeu muito comigo, me identifiquei em muitos aspectos, me vi em várias situações, mas terminei com uma certa raiva e impaciência com a lerdeza, imaturidade e dificuldade emocional de absolutamente todos os personagens (até do coitado do Fábio, o médico lindo e perfeito que casou com a Alice e se deu mal). Fiquei também com uma ponta de tristeza, melancolia e certa angústia, talvez justo por essa identificação.

Enfim, tiveram milhares de pontos que eu escrevi no meu querido caderninho e expliquei bem explicadinho na minha cabeça. Mas esses são deveras pessoais e só serão compartilhados com a boa alma que ler o raio do livro e discutir comigo depois. Ou com a minha terapeuta. Ou com os dois.

beijos aos meus milhares de leitores ;*