sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Promoção!!

Pessoal, aproveitei minha, cada vez mais rara, presença pra divulgar uma promoção maravilhosa. Nossa amiga Dani, a doceira que a Meio Psicopata tanto fala em seu outro blog, está sorteando uma bela caixa de doces em homenagem ao aniversario de um ano de seu blog. Bom, quem conhece sabe do que eu estou falando e já deve até ter se inscrito. Quem não conhece pare de perder tempo e se inscreva JÁ! Vale muito à pena! E lembrando que a promoção é válida pra qualquer lugar do Brasil. O que ME inclui e a muitos outros felizardos =D

Beijos povo!

Igualdade de gênero parte 2

Mil anos depois!!!!!

Não me odeiem, dessa vez tive motivos plausiveis. Meu computador quebrou e o meu texto tava todinho nele... mas vamos la né? Finalizando a questão da igualdade...

Para que os grupos sejam diferenciados dessa maneira, é preciso que as culturas, antes de tudo, os definam como diferenciados e isso legitima as exclusões. É importante compreender que, quando são legitimadas as exclusões, como no exemplo acima, surgem diferenças de grupo e as hierarquias econômicas e sociais de certos grupos em detrimento de outros, criando a tensão entre indivíduos e grupos. É como se os indivíduos que fizessem parte de determinado grupo fossem tachados e se tornassem o próprio grupo e tudo que ele representa. Em outras palavras, um indivíduo pertence à sociedade e é determinado que ele é diferente da maioria e se assemelha a um grupo menor, essas diferenças são consideradas positivas ou negativas, sendo o indivíduo favorecido ou desfavorecido. Esse indivíduo e cada um que pertença a esse grupo são vistos como representantes do grupo e sofrem as conseqüências por isso. É possível ver essa ação em nossa sociedade hoje tanto positivamente, como acontece com os médicos e políticos (pessoas com essas profissões são individualmente consideradas mais importantes), como negativamente, excluindo, como ocorre com os homossexuais e com os deficientes.

O indivíduo fica preso a esse estereótipo e suas conseqüências, através da determinação de que características inerentes a esse grupo se tornam a razão e a racionalização para um tratamento desigual. Como no exemplo citado acima, aquele que é homossexual é excluído por se relacionar a uma pessoa do mesmo sexo, pois isso é racionalmente visto como imoral e errado. O deficiente é visto como incapaz e é excluído, pois é cientificamente comprovado que ele tem limitações maiores que as outras pessoas, o que é generalizado como incapacidade. É possível ver exemplos semelhantes em muitos outros grupos, como crianças, idosos, loucos, dependentes químicos, mulheres, etc.

Essa redução de um indivíduo a uma categoria gera um elevado senso de identificação, que, ao mesmo tempo em que é devastador, é embriagador, pois como objeto de discriminação, essa pessoa se torna um estereótipo, mas como membro de um movimento de luta, ela encontrará apoio e solidariedade. Um exemplo disso é o caso da Parada Gay, diz-se que a Parada representa a luta pelos direitos GLBTT, mas se tornou apenas uma grande festa. Muitas pessoas acompanham justificando que estão lutando pela igualdade de direitos, mas acabam apenas participando, aproveitando e se mostrando na festa, não trazem nenhum benefício político ou social para o grupo. Na realidade, o fato de ser homossexual se torna justificativas para comportamentos que a pessoa tem fora de seu próprio padrão apenas na Parada Gay.

Outro exemplo da necessidade e da inadequação das identificações com o grupo vem do feminismo, que levanta diferentes tipos de problemas mas, mesmo assim, segue a mesma lógica. Quando perguntada, na virada do século, sobre sua definição do que o feminismo deveria conquistar, a psiquiatra francesa Madeleine Pelletier respondeu que ele a auxiliaria a “não ser uma mulher do modo que a sociedade espera”. E mesmo assim, é claro, foi como mulher, e em nome do grupo – mulheres –, que Madeleine Pelletier e outras feministas travaram suas batalhas pela igualdade. (SCOTT, p. 20, 2005)