sexta-feira, 10 de setembro de 2010

_I_

Acredito que todos os pais deveriam ou assistir ou ler 'O Despertar da Primavera' uma vez em suas vidas, e deixar que aquilo fizesse alguma diferença em suas vidas. Porque eles costumam me deprimir. Em pleno século XXI o filho continua tendo que ser a continuação dos pais. Talvez não precise mais seguir a mesma profissão, talvez não obriguem mais seus filhos a fazer Direito ou Medicina. Mas, seus filhos têm que ser tão dignos quanto eles foram. Seus filhos tem que seguir os mesmos passos que os pais, ter as mesmas concepções, os mesmos valores, a mesma ética. Os filhos têm que fazer o ensino médio, prestar o vestibular e arrumar um trabalho, passar em qualquer Uni esquina, porque o que vale na miserável cabeça de alguns é que você esteja trabalhando, porque "o trabalho valoriza o homem".
Queria usar um vocabulário bem chulo pra expressar o que eu penso nesse minuto. Pais, pensam que nossas vidas são extremamente fáceis, que não passamos por nenhum tipo de problema, que não passamos por nenhum tipo de confusão, que nossas vidas é baseada comer e dormir. Você está doente, não consegue dormir feito uma pessoa normal há dois anos, por exemplo, e tem sempre algum motivo material diferente, e vai sempre continuar tendo, nunca é um problema muito mais profundo que ele não tem como controlar. Acho que o problema é que meus pais me instruiram bem de mais, a ponto do feitiço virar contra o feiticeiro e eu me tornar o extremo oposto, a antítese de ambos e da minha irmã, de quebra. Estudar Filosofia? Ok. Ser artista? Ok. Mas, vai arruma qualquer merda de trabalho e estuda em qualquer merda de faculdade porque é isso que interessa. Minha experiência em algo que eu não gosto de fazer e que não tem absolutamente nada a ver comigo chegou a mexer com a minha saúde e atrapalhar os meus estudos, que não são numa uni esquina. Como é que eu vou arrumar um emprego tendo insônia? Me respondam.
Muito louvável eles terem subido na vida com muito suor no rosto, com muito trabalho duro, admiro, respeito e valorizo isso, mas não acho que a coisa funcione necessáriamente assim. No meu caso o buraco é muito mais embaixo, e eu (errôneamente) não vou me expressar sobre isso a não ser que eu queira que pessoas fiquem sem falar comigo e muitas outras coisas completamente desnecessárias por simplesmente não concordarem com o que eu penso.
Eu estou sendo mesquinho, infantil e mimado? Sei lá, mano. E se estiver eu quero mais é que se foda. Sou assim mesmo, tenho qualidades e defeitos e eu realmente não tenho bem certeza se isso é qualquer um desses dois ou algo que fique num limbo estranho entre os dois.

Um conselho meio-psicótico por quem passa por isso?

Usem a melhor técnica que existe: Sejam vocês mesmos o tempo inteiro, continuem fazendo exatamente o que vocês estão fazendo até que a maldita da sua mãe se toque que o que você tem não é nenhuma frescura, mas uma doença séria, sem cura, mas controlável e que tem muitas conseqüências que podem ser muito graves. se não funcionar... Sei lá, ainda não pensei nisso. Qualquer dia penso e aviso a todos. Você não gostou do meu conselho e continua a me achar um viadinho fresco e vagabundo? FODA-SE.


Boa noite

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Pois de médico e louco, todo mundo tem um pouco!