domingo, 13 de fevereiro de 2011

Madonna was born this way fifty years ago.

Quando dois mundos que sempre foram iguais e ao mesmo tempo completamente diferentes se unem, não tem pra ninguém, meu povo. Ando impressionado com as coisas que vêm acontecendo no mundo fútil (que eu amo) do pop. Lady Gaga prometeu ao mundo a música do século, o novo hino gay dessa geração e nos veio com um plágio descarado de ‘Express Yourself’ da Rainha, Madonna. Plágio esse que a deixou puta, diz seu irmão. O que vai ser o clipe? ‘Beautiful’? ‘Firework’? ‘Fucking Perfect’? Veremos.

O que mais surpreende nessas horas é aquela coisa de que quando se tem um inimigo em comum, os inimigos de outrora se tornam amigos. Fãs de Britney e Christina estão numa campanha monstruosa no Twitter, nos últimos dias. Para apoiar o novo clipe de Miss Britney, e a abertura do Grammy de hoje, domingo, que será feita por Christina e mais algumas grandes vozes da música internacional num tributo à incomparável Aretha Franklin.

Gostaria de explicar aqui porque acho isso uma coisa que não pode ser completamente descartada, e tem seu valor, de certa forma. Como já cansei de escrever por aqui (e vocês cansaram de ler), nunca achei Lady Gaga original, e muito menos uma artista. Gaga é limitada à tudo o que já foi feito por alguém antes dela. E só me fez o enorme favor de provar isso com o lançamento de “Born This Way”. Ela que disse que seria maior que Madonna, ela que acusou Christina Aguilera de a estar copiando, ela que pisou no calcanhar de Britney Spears, agora tem que se pôr em seu lugar: de uma novata. Acredito que a moça tenha a capacidade de criar sua própria música e seu próprio estilo, sem precisar ficar se vestindo de açougue por aí. Aos que insistem em dizer que o que ela está fazendo com “Born This Way” é revolucionar, eu digo: como se revoluciona com uma música exatamente igual a outra que foi lançada em 1989? Como se revoluciona tratando de um tema que já foi tratado por Madonna, Christina Aguilera, Katy Perry, Pink, e sabe-se lá quantos outros artistas mundo a fora? Como se revoluciona pegando tudo o que já foi feito, fingindo que trabalhou em cima e dando pro senso comum escutar e achar o supra-sumo da música pop?

Sempre fui um defensor da música pop internacional, e já provei para alguns que tinham o maior preconceito sobre isso, que esse tipo de música não se resume apenas nas músicas que são feitas pras boates gay, como as da Britney, mas que, na verdade, tem seu valor social e cultural no mundo. Madonna e Michael Jackson revolucionaram, foram transgressores em sua época. Cyndi Lauper tratou de política, abuso sexual, e é uma verdadeira ativista pelos direitos gay no mundo. Britney é a princesa do pop, e ninguém tira isso dela. Shakira é uma verdadeira poeta da música pop internacional, e um orgulho pra toda América Latina, diga-se de passagem. Black Eyed Peas vem revolucionando na tecnologia de shows e clipes. Kylie é uma verdadeira Rainha, uma verdadeira artista performática com grandes idéias e uma simpatia ímpar. Rihanna passou por poucas e boas e achou seu estilo, seu caminho na música e sua atitude. Beyoncé se mostrou uma grande compositora, atriz, dançarina e cantora. Katy Perry surpreendeu escrevendo uma letra de impacto como foi “Firework”. Pink foi sempre a mais transgressora de todas as artistas pop e a que mais tratou de política de uma forma séria e descarada. Cher é uma verdadeira lenda viva e fez tudo antes de Madonna e de todas as outras. Não haveria mais nenhuma dessas se não houvesse Cher. Christina, essa eu sou suspeito pra falar, mas falo mesmo assim. Simplesmente cantou com aquela voz estrondosa. É uma letrista de mão cheia, produtora incrível, dançarina, e se mostrou uma ótima atriz. O que Gaga fez? Colocou um monte de homossexuais que, me desculpem, mas não devem ter idéia do que estavam fazendo, num clipe fazendo uma bela apologia ao Nazismo e um belo plágio de “Vogue”, e conseguiu um monte de prêmios por ser uma imitadora de mão cheia?

E qual a moral disso tudo? Os fãs da Gaga abaixando a crista e pedindo paz aos fãs da Britney e da Christina. E o que acontece? O que devia ter acontecido há dez anos atrás: os fãs dessas duas se unem e mostram quem é que manda nessa porra. E, surpresa! Não é a Gaga. Me desculpem, mas eu sempre falei isso, sempre falei que a Gaga era uma imitadora de mão cheia e ela só me fez o enorme favor de provar que eu estava certo. Vamos ver qual vai ser a breguisse da vez no Grammy mais tarde. Eu chuto num monte de gays e travestis no palco dançando a coreografia de “Express Yourself”, porque eu me recuso a admitir que isso que ela diz ser dela seja outra música que não essa. Quer fazer tributo, Gaga? Aprende com a Christina, gata. Faz um “Back To Basics” e depois a gente conversa.

E ah, sim. A importância disso? Pense que você é um artista que trabalha duro pra ser original, pra fazer o que seus fãs esperam que você faça, e alguém vem e copia tudo que você trabalhou duro pra fazer. Como você se sentiria? Eu ficaria muito puto. E tá cheio de Gagas por aí, minha gente. Quem merece o crédito pelo trabalho, afinal? A Gaga ou a Madonna? Eu chuto na Madonna. Referências de um trabalho de outra pessoa é uma coisa, samples de uma música na sua é outra coisa, mas, fazer uma cópia descarada dessas? Desculpem, mas isso não pode ser chamado de arte e eu me recuso a aceitar uma pessoa que faz isso como uma artista pop. Michael Jackson deve estar se revirando no túmulo. Conselho meio-psicótico? Com prazer. Peguem Gaga e seus pequenos plagiadores, coloquem numa sala trancados com uma overdose de clipes e shows de todas essas artistas que eu citei nesse post. Acho que sou muito bonzinho fazendo isso, aliás. Eles vão ter um banho de cultura pop e originalidade. Adicionem Justin Timberlake, Robbie Williams, Ricky Martin, Backstreet Boys e Spice Girls na playlist e mostremos à eles o que é ser original no mundo pop. Putos.

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Pois de médico e louco, todo mundo tem um pouco!