Minha Cidade
Insônio
A estrada está cheia de cafezais,
Ninguém no mundo viu tanta paz,
Vai começar a garoar,
Mesmo assim, ninguém pode parar
De um lado a multidão,
Do outro a desolação,
Nome de Santo a minha cidade tem,
E ela não pertence à ninguém
Os cruzamentos perigosos em cada esquina,
A minha casa na vila mariana,
Itaquera é tão longe,
Eu amo a minha cidade
Fico até meio triste de estar longe,
Mas um sorriso a gente finge,
A Paulista vai ficar,
Da minha história quer lembrar
A Augusta e seu beberrão,
A Frei Caneca e o Carrão,
Parou de garoar,
E eu não vi ninguém parar
Tem ruas estranhas
Correndo em suas entranhas,
Jet'aime, I love you,
Eu amo você
Não sei ficar longe de você,
Da tua podridão,
Da nossa relação,
Andando pela Sé eu digo até
Essa cidade não é de ninguém,
Rezo, espero e digo Amém,
Está tudo cinzento e agourento,
vivo numa selva de cimento
São Paulo vai mostrar,
A cidade vai crescer,
De novo vou me apaixonar,
Minha cidade eu amo você
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Pois de médico e louco, todo mundo tem um pouco!