Começarei hoje uma série de resenhas sobre os grandes clássicos produzidos pela Senhora Extremamente Capitalista Mas Muito Boa Disney. Antes que qualquer um venha fazer uma relação com a Hannah Montana e os Jonas Bobões, quero dizer: Disney Channel é uma coisa, Walt Disney Pictures é outra, ok?
Os Clássicos que eu resenharei/criticarei, são os maiores e mais conhecidos. Essa é a odem:
Aviso que muito provavelmente haverá dias que farei duas ou três resenhas juntas, porque olhem a minha cara de quem vai ficar escrevendo a mesma coisa pra sempre. Vocês sabem como eu sou... Enfim, hoje começo com uma só. E fiquem espertos pois no meio da semana Alice no País das Maravilhas pode dar as caras.
A Bela Adormecida
Este conto de fadas teve sua primeira versão escrita por Charles Perrault(ou foram os Irmãos Grimm antes, não tenho certeza), sob o título original de "A Bela Adormecida no Bosque", foi a inspiração para o grande ballet de Tchaikovsky, e enfim, inspiração para o Senhor Walt Disney no começo dos anos 50 para seu próximo grande filme.
A produção começou em 1953 e durou por seis anos, o filme enfim estreiou em 1959, foi uma grande revolução na animação, como Branca de Neve havia sido vinte anos antes. Na versão de Disney a Princesa Aurora é abençoada por três fadas Madrinhas (Flora, Fauna e Primavera), e amaldiçoada por uma bruxa, que para mim é o ponto alto do filme, a melhor e mais malvada vilã da Disney até hoje: Malévola.
A Bela Adormecida foi feito para se parecer com um livro de histórias europeu, e uma grande obra de arte com cores vibrantes que começam desde os belos cenários, passam pelos animais, as três boas fadas, os cabelos de Aurora e até mesmo a mescla de preto e roxo nas vestes de Malévola. Quando pequeno foi o clássico Disney que eu mais assisti, talvez tenha sido exatamente pelas cores mais vibrantes do que dos outros clássicos, ou talvez tenha sido a trilha sonora que não para por nem um segundo do filme e é o ballet de Tchaikovsky, ou talvez fossem as três fadas que no final das contas acabam sendo as protagonistas do filme, e talvez tenham começado uma tradição de ótimos personagens secundários na Disney, que pode ser comparado ao carisma dos Sete Anões.
Algo que diferencia este dos outros clássicos é o foco do roteiro nos personagens, tanto o Príncipe Felipe quanto a Princesa Aurora têm falas apenas no começo do filme depois eles são postos de lado e as fadas viram o grande foco do filme. Um dos maiores erros desse filme é a falta de exploração em relação aos dois "protagonistas", o príncipe e a princesa, depois que é capturado Felipe não fala mais uma linha, o mesmo acontece com Aurora depois que descobre que é uma princesa. Porra, qual é? O Felipe podia pelo menos mandar a Malévola pro inferno, não que ele não tenha feito de fato, mas falando sabe? O dom das palavras.
Tirando esse ponto do filme, acredito que ele seja uma verdadeira obra de arte por todo o resto, assistir à ele é algo agradável visualmente, não há princesa tão linda quanto Aurora em toda a história da Disney (e vejam que eu gosto de ruivas e sou um puxa-saco declarado da Ariel), e acredito que não há tanta delicadeza e suavidade em nenhum outro filme que eu já tenha visto. ?Uma curiosidade para os mais desavisados, a cena final do filme onde Aurora e Felipe dançam numa nuvem estava sendo descartada desde Branca de Neve por Walt Disney. Sim, aquela cena espetacular do final de Branca de Neve, onde ela é o príncipe contemplam o castelo reluzente ao longe, era pra ter sido os dois dançando numa nuvem. Em Cinderela a cena do casamento também não existiria se a cena da nuvem tivesse sido usada, mas finalmente em A Bela Adormecida aconteceu. E eu não mudaria um instante dessa cena incrível. Mais uma curiosidade, quando os dois se beijam e viram a gravura do livro, é exatamente a mesma pose que a Bela e o Príncipe fazem no final de A Bela e a Fera e em seguida viram um lindo vitral.
Darei uma nota, então, para A Bela Adormecida: 9! Não é 10 porque peca em uma coisa: falta de diálogo entre os protagonistas. Claro que não é tão grave quanto a Branca de Neve e seu IMENSO monólogo com os animais da floresta. Aquela cena me irrita desde que eu me conheço por gente, inclusive rolavam discussões com o meu pai que é um fã confesso desse filme, e eu era um amante de A Bela Adormecida. Mas, deixo isso para o post de Branca de Neve.
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Pois de médico e louco, todo mundo tem um pouco!