sexta-feira, 12 de março de 2010

Sex and the Mondays in Friday

Bom dia a todos!
Primeiramente quero me desculpar por não ter postado essa segunda, é que na verdade comecei a trampar, e não tive tempo no fim de semana de digitar a coluna. Só hoje que o movimento por aqui tá mais fraco e eu tô com tempo, se não vocês iam ter que aguentar a coluna da Dôtora mais um dia da semana... e eu ainda nem li a coluna dela nem da Meio-Psicopata essa semana. Falando nisso, quero agradecer a Dôtora por ter postado no meu lugar!

Então, aqui vamos nós: Como eu disse semana passada o tema dessa semana é: As estrelas da música pop e a sexualidade. Pois bem, eu fiz um resumo da coluna para a Dôtora e a Meio-Psicopata me darem suas respectivas opiniões, e eu não imaginei que o assunto fosse render tanto e gerar tanta polêmica entre nós. Então, em homenagem à essa polêmica, devido ao tamanho que o texto ficaria, e é claro, também a falta de tempo, esse assunto será dividido em duas colunas (ou mais, se necessário). Começamos então a primeira parte.

De Cher à Lady GaGa

Madonna
Cher, é a dinossauro da música pop internacional, com quase setenta anos de idade ainda faz shows e grava filmes, seu currículo impressiona por seus muitos prêmios por sua música, e um Oscar de melhor atriz. Bem, eu não vou falar da Cher, porque pra isso teria que fazer uma linha do tempo imensa até chegar a Cyndi Lauper e Madonna, então vamos direto à Rainha do Pop.
Madonna começou sua carreira com o single "Everybody", uma celebração à dança e à musica, o single não fez assim tanto sucesso, então surgiu o grande hit "Like a Virgin", e é aqui que começa a nossa história. Uma Madonna de vinte e poucos anos, com uma pintinha ao lado da boca no melhor estilo Marylin Monroe, correntes penduradas nos pescoço, cabelos amarrados e desgrenhados e uma maquiagem nos olhos que chamava a atenção, eis que surgia o ícone pop dos anos 80, 90 e 2000. Apelando ao seu sex appeal, Madonna conquistou legiões. Mas, não era aqui que ela usaria sua verdadeira sexualidade, anos depois, Madonna surpreende lançando "Justify My Love", música e escrita e produzida com a ajuda de Lenny Kravitz, bem, Madonna surpreendeu o mundo pela letra com conotação sexual forte, mas ainda havia mais por vir, em 1992 ela lança o album "Erotica" com o primeiro single homônimo, junto com um livro recheado de fotos eróticas chamado "Sex". Com esse album Madonna fez uma revolução, ganhou e perdeu fãs (acredito que não tanto quanto em "American Life"), fez uma turnê mundial polêmica baseada em Circo, Broadway e Cabaret, e falou sobre sadomasoquismo, AIDS, e sexo. Mas, também falou sobre a perda de sua mãe e de outros sentimentos. Assista o vídeo de Erotica e o vídeo de Rain, do mesmo album e tire suas conclusões.

Os Mousekeeters Atacam!

Eis que ao final dos anos 90, após uma explosão de Girl-Bands (Spice Girls) e Boy-Bands (Backstreet Boys e N'sync) surgem os novos grandes nomes da música pop internacional, especialmente três, saídos do mesmo lugar: O Clube do Mickey. Primeiro surge Britney Spears, que começou sua carreira como "cantora" com o estrondoso sucesso de "...Baby One More Time", apelando para um fetiche dos garotões e um desejo de ser das garotas: a aluna colegial. Britney tinha 17 anos quando começou, mas foi em 2001 que Britney quis deixar a aparência infantil do Clube do Mickey para trás e lançou o single "I'm A Slave 4 U", com uma batida sexy e uma dança que, com certeza, tirou o controle de muitos marmanjos na época. Britney até hoje (1,2 e...hum... 3!) usa do sex appeal em seus vídeos e suas músicas, em seu Retorno um tanto quanto fracassado em 2007 com "Gimme More", por exemplo.

A Disney estava procurando alguém que conseguisse atingir uma nota para a canção principal de seu novo Clássico em 1998, Mulan. A Música tinha o nome de "Reflection" e apenas uma pessoa conseguiu cantá-la como ela deveria ser: Christina Aguilera. Em 1999, depois de lançar "Reflection", Aguilera lança seu primeiro single oficial "Genie in a Bottle", e desde então as comparações entre ela e Britney começaram. As duas haviam saido da mesma temporada do Clube do Mickey e as duas eram cantoras pop teen. Pois bem, depois do imenso sucesso de seus dois primeiros albums "Christina Aguilera" e "Mi Reflejo", ela volta em 2002 sendo pouco aceita pelo público americano, mas muito bem aceita pelo público internacional. É lançado o carro-chefe de seu terceiro disco "Stripped", a sexy, e, talvez, exagerada "Dirrty". Foi ali que Christina tirou a fantasia de menininha do pop e se deu o direito de ser como ela queria ser aos 21 anos de idade, expressar sua sexualidade. Mas, talvez, "Dirrty" não tenha sido o maior impacto desse album, mas sim "Beautiful". A música fala sobre todas as pessoas serem iguais independente de qualquer diferença, o vídeo que foi sensurado em muitos países mostra um beijo gay.

Com a explosão e o sucesso dos Backstreet Boys, a Jive Records decide lançar uma nova Boy-band ao mercado, com dois vocalistas principais e mais três integrantes (só pra fazer volume). Surge daí o "N'sync", e nos lead-vocals os dois ex-Mousekeeters: JC Chasez e Justin Timberlake. O grupo acabou sendo um estrondoso sucesso em todo o mundo, e como já era de se esperar, os holofotes se voltaram para Justin e em 2002 ele alcança a carreira solo com o album "Justified", sai em turnê com Christina Aguilera (Justified/Stripped Tour), termina o namoro com Britney Spears e atinge o topo em vários lugares do mundo. Em 2006, Justin volta com o album "FutureSex/LoveSound", e o single-chefe do album, "SexyBack". E é aqui que Justin coloca pra fora todo o seu lado homem. Justin explorou todo o lado da sexualidade dos sons, trazendo uma mistura de pop, hip-hop e um som mais futurístico ao album. Com esse album, Justin consolidou-se um dos artistas mais importantes do pop internacional.

Kids, Promiscuous... e uma Loba

Não desmerecendo ou tirando a importância dos outros artistas que exploraram o mesmo tema, mas eles apenas não tiveram a mesma publicidade que os outros. Mas, isso não me impede de falar deles, impede?
Bem, entre esses artistas podemos citar, com certeza, Kylie Minogue, que começou dois anos depois de Madonna, é tão boa quanto mas não tem a metade do reconhecimento. Em 2004 (posso estar errado quanto ao ano), Kylie lança seu "Fever", um álbum com uma temática extremamente sexual, e seus grandes hits "Love at First Sight" e "Can't Get You Out of My Head". Kylie também faz para o album "Light Years" um dueto com outro grande artista pop internacional: Robbie Williams, e a música "Kids" fica sendo conhecida em todo o mundo. Robbie Williams também sempre foi motivo de delírio para muitas meninas e meninos em seus muitos anos de carreira.

Em 2006, pouco antes do lançamento de "SexyBack", a ex-hippie, Nelly Furtado lança o single "Promiscuous Boy", que vira um hit. Pela primeira vez Nelly estava entrando no mundo da "apelação" e do hip-hop. Ela foi muito bem aceita por uns e enxotada por outros, mas mesmo assim não causou muito impacto.

Depois do sucesso internacional da banda mexicana RBD, uma de suas principais cantoras sai em carreira solo com o primeiro single "Mi Delírio". Anahí coloca a mulher que estava enclausurada dentro dela para fora no vídeo dessa música, que tem referência de clipes como "Dirrty" de Christina Aguilera. Anahí ainda está no começo, mas conseguiu fazer o que queria e vamos ver até onde vai.

E enfim, a poeta, cantora e dançarina colombiana, nossa querida Shakira, que em seu último album (She Wolf) se rendeu aos encantos da música eletrônica e do apelo sexual, em seu primeiro single também intitulado "She Wolf", Shakira resolve libertar a mulher selvagem que tem dentro de si. A mudança não agradou a muitos, inclusive a mim. Prefiro a Shakira com a pegada mais pop/rock.

You and me could write a Bad Romance...

No VMA 2008, Christina Aguilera aparecia com um novo visual, uma nova música e uma releitura de uma de suas antigas (Genie 2.0/Keeps Gettin' Better), para promover seu "Greatest Hits", ali Lady Gaga disse que Christina havia copiado seu look e seu tipo de música. E foi assim que Lady GaGa surgiu ao público, se tornando um sucesso.
Seu single "Poker Face", tocou incessantemente nas rádios de todo o planeta, dando à ela o título de "A Próxima Madonna" e coisas do tipo (pffffffffff!). GaGa sempre teve um estilo mais bizarro, mas em absolutamente todos os seus vídeos e performances tenta escandalizar e ser sexy. O último grande hit de GaGa foi a música "Bad Romance", e continua causando ao redor do mundo.
Gaga é uma artista que com certeza tem muito que oferecer ao mundo, ainda está começando, ela só precisa encontrar o próprio estilo, não na música, mas um estilo e aí sim. Veremos...

E eu com isso?!

Bem, se você leu isso do começo ao fim deve estar se perguntando porque perdeu seu precioso tempo. Bem, isso pode ser sim cultura descartável, ou não em alguns casos. Mas, o que eu quero saber é: Por que essas estrelas apelam ao sexo para chocar e fazer sucesso? Isso é realmente necessário? Nós temos bandas pop hoje em dia como o Black Eyed Peas, por exemplo, que não precisam do sexo para baterem records e serem um sucesso absoluto. E por que o sexo é tão essencial no cotidiano dessas pessoas nos dias de hoje? Será Madonna a culpada? Será Cyndi Lauper? Liza Minelli e seu Cabaré? Marilyn Monroe e sua saia flutuante? Será Vovó Cher a verdadeira culpada? O será o próprio público que muitas vezes boicotou, e acabou com esses artistas? Hum... Mande a SUA opinião para o tarjapretalda@gmail.com! Quem sabe ela não é publicada na semana que vem?

Fiquem ligados! Segunda-feira tem mais Sex and The Mondays e as celebridades com as opiniões da Dôtora e da Meio-Psicopata, e é claro, com as suas também!

To be continued...




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Pois de médico e louco, todo mundo tem um pouco!